FUNDO/ODS | Catalyst 2030 Brasil Anuncia Vencedor de Desafio Colaborativo que Busca Levar mais Água para Mais Gente
Em parceria com água AMA, da Ambev, fundo disponibiliza R$ 200 mil para financiamento de ação voltada a pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Parte do movimento global que visa acelerar a implementação das metas associadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), o Catalyst 2030 Brasil anuncia, hoje, o vencedor do edital do pioneiro fundo para ações colaborativas de impacto social ambiental. É o “Acesso à água potável para os Mundurukus”, da Associação das Mulheres Munduruku Wakoborun, do projeto Saúde e Alegria, Water is Life, DSEI Rio Tapajós e Associação Indígena Pariri.
A associação escolhida tem acesso a um orçamento de R$ 200 mil, resultado do aporte feito pela água AMA, produto social da Ambev, para realizar ações que promovam o acesso à água potável (ODS #6) para pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Ele prevê a distribuição de filtros para o povo indígena Munduruku que vive em Itaituba e Jacareacanga (PA), transformando a água de rios, igarapés, cacimbas e pluviais em água potável. Ao todo, 26 projetos foram inscritos no Desafio Fundo Catalisador 2030, abrangendo as cinco regiões brasileiras e envolvendo 93 organizações.
O Desafio Fundo Catalisador 2030 é a primeira ação tática do movimento Catalyst 2030 no Brasil. O fundo teve o formato de desafio e os projetos participantes tinham que envolver, ao menos, 2 instituições, membros do Catalyst ou indicados por eles. Com o Desafio, o Catalyst 2030 Brasil criou um mecanismo de investimento em iniciativas brasileiras associadas ao ODS #6, que preconiza a garantia de disponibilidade e gestão sustentável de água potável para todos. O patrocinador principal foi a Ambev AMA.
Transformação com colaboração
O Catalyst 2030 Brasil é parte de um movimento global com mais de 400 organizações, que impactam diretamente dois bilhões de pessoas no mundo. Ação coletiva global focada em acelerar a implementação das metas associadas aos 17 ODS da ONU, o movimento busca criar o ambiente e as condições propícias para consolidar a Agenda 2030 no país.
Raphael Mayer, chairman do Catalyst 2030 Brasil e cofundador da Simbiose Social, explica que o fundo é uma iniciativa coletiva de um grupo de trabalho liderado por pessoas físicas voluntárias – Monica Pasqualin, Zaya Namjildorj, Paula Fabiani e Luiza Serpa –, e instituições como PLKC (apoio jurídico), Instituto Phi (responsável por incubar o fundo e fazer a gestão financeira) e Simbiose Social, responsável pela auditoria e a avaliação de risco das iniciativas que aplicaram para o fundo. A social tech disponibilizou a plataforma proprietária para monitorar e mensurar o impacto das ações investidas pelo projeto como um todo.
Segundo Mayer, uma das principais inovações do fundo – que o diferencia de outras iniciativas do mercado – reside no fato de não ser focado no investimento em uma única organização. “Inspirado na própria essência do Catalyst 2030, o objetivo do fundo foi mostrar que as ações colaborativas têm uma potência maior no mercado. Por isso ele só aceitou iniciativas com duas ou mais organizações envolvidas na prática”. Na sua estrutura foi criada uma governança formada por um comitê de notável conhecimento no tema saneamento, que compôs a banca examinadora dos proponentes. Os avaliadores foram a Ambev, Renata Ruggiero Moraes, diretora do Instituto Iguá; Guilherme Neves Castagna; sócio fundador Fluxus Design Ecológico e Instituto Nova Água, Monica Pasqualim, do Instituto Vita e Gisela Solymos, do CREN e Co-Fundadora do Chapter Brasil.
As demandas de água potável e saneamento no Brasil, de acordo com Raphael Mayer, necessitam de capital intensivo para financiar projetos sistêmicos e estruturantes que resolvam o problema. “Sabemos da complexidade da temática no Brasil. O fundo ainda é pequeno, mas tem potencial de atrair mais investimentos. O principal objetivo desta primeira edição foi estimular ações e servir de modelo para projetos de impacto colaborativo”, afirma, acrescentando que os organizadores do fundo esperam que esse seja um marco de investimento social com o olhar de integração. “Quando falamos dos ODS, o foco em colaboração é a chave-mestra para destravar inovações. O Desafio Fundo Catalisador 2030 tem o papel de representar e ser um caso positivo de transformação a partir da colaboração no mercado”.
Estes foram os cinco projetos finalistas (em ordem alfabética):
- “Acesso à água potável para os Mundurukus”, da Associação das Mulheres Munduruku Wakoborun, do projeto Saúde e Alegria, Water is Life, DSEI Rio Tapajós e Associação Indígena Pariri. Ele distribuirá filtros para esse povo indígena, que vive em Itaituba e Jacareacanga (PA), prevenindo a contaminação por vírus e bactérias e transformando a água de rios, igarapés, cacimbas e pluviais em água potável.
- “Água potável para uma comunidade amazônica”, da Associação Biosaneamento, PWTech Trazendo Água Boa e SWTech Soluções Inteligentes. Ele será implementado na Vila Restauração, no Acre, com foco em alunos e na comunidade em geral.
- “Colaborando no Manejo da Água: Aldeia Guyrá Pepo”, da IPESA, Permacultores Urbanos, Waterlution, Cultura Curiosa e OS 3 Arquitetura. Neste projeto o foco é na proteção de duas nascentes, captação de água da chuva e portabilidade para 320 pessoas.
- “Projeto Social Aquabarro”, da Water is Life e SDW, que pretende fazer a adaptação de um filtro de barro tradicional, na comunidade quilombola de Buíque (PE), para um modelo com tecnologia que potencializa o processo de tornar a água própria para consumo em níveis seguros.
- “Vale Água, vale vida 2023”, do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), APA Chapada do Lagoão e Instituto Federal Norte de Minas Gerais (Campus Araçuaí). Ele trará práticas concretas de cuidado com a água para 46 famílias de comunidades da Chapada do Lagoão, em Araçuaí, Minas Gerais.
SOBRE CATALYST 2030 – Movimento global de empreendedores sociais e inovadores sociais de diferentes setores, que compartilham o objetivo de criar abordagens inovadoras e centradas nas pessoas para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030. Unindo forças com comunidades, governos, empresas e outras organizações, o Catalyst 2030 foi lançado em 2020, no Fórum Econômico Mundial, inicialmente pela Ashoka, Schwab Foundation, Skoll Foundation e Echoing Green. Hoje, o movimento reúne, no âmbito global, mais de 500 empreendedores sociais em 195 países, impactando 1 bilhão de vidas e gerenciando US$ 2 bilhões em fundos alinhados aos ODS. Mais informações: https://catalyst2030.net/.
SOBRE A AMBEV AMA – Criada pela AMBEV em 2017 com o objetivo de transformar a realidade de pessoas que não têm acesso à água, a água mineral AMA é o primeiro negócio social de uma grande empresa no Brasil. Todo lucro da água AMA é destinado para projetos sociais, que têm ajudado a reverter a realidade de muitos brasileiros que vivem sem água tratada. Do semiárido brasileiro aos desertos urbanos, da floresta amazônica às comunidades vulneráveis em São Paulo e Rio de Janeiro, mais de 600 mil pessoas já foram impactadas positivamente nos primeiros cinco anos desse projeto social da Ambev, que busca levar água potável para quem precisa.