Dengue e febre amarela – Sensibilização e Prevenção
DENGUE: DESAFIOS ATUAIS!
Entre os diversos aspectos relacionados ao problema Dengue, destacam-se o agravamento da situação epidemiológica nos municípios do nosso litoral. Com a ocorrência de epidemias, perdas
de vidas humanas e um alto custo político e social, os reflexos que as epidemias de dengue determinam na economia, no setor turístico e o consequente colapso dos serviços de saúde, só
aumentam a complexidade do controle dessa doença no mundo moderno.
O surgimento de grandes aglomerados urbanos, muitas das vezes sem condições de habitação e saneamento básico, o crescente trânsito portuário (humanos/cargas) determinado pelo
desenvolvimento dos meios de transporte e das relações econômicas no mundo globalizado, o desmatamento, e as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global, que influem no
regime e duração das chuvas, são relevantes já que o mosquito precisa de água parada para procriar.
DIFICULDADE EM ACABAR COM OS VETORES
O Brasil, assim como muito dos países do continente americano, apresenta esses macro fatores determinantes para a proliferação do Aedes aegypti e a transmissão da dengue. Outros aspectos importantes, igualmente dificultadores para o efetivo controle desse agravo, são:
• a inexistência de uma vacina eficaz;
• a limitação dos atuais métodos de avaliação entomológica para a predição de ocorrência da transmissão de dengue;
• e a possibilidade da ocorrência de resistência do vetor aos inseticidas em uso.
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA DENGUE
Vocês sabiam que em 2002, diante do elevado risco de aumento dos casos de febre hemorrágica da dengue, o Brasil lançou o Programa Nacional de Controle da Dengue – PNCD, que incorpora
os princípios da gestão integrada, fundamentada em alguns aspectos essenciais, como:
a) a elaboração de programas permanentes, uma vez que não existe qualquer evidência técnica de erradicação do mosquito Aedes aegypti a curto prazo no litoral;
b) o desenvolvimento de campanhas de informação e mobilização das pessoas, para estimular a responsabilização de cada família na manutenção de seu ambiente doméstico livre de
potenciais criadouros do vetor;
c) o fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica, para ampliar a capacidade de detecção precoce de surtos da doença;
d) a melhoria da cobertura, qualidade e regularidade do trabalho de campo no combate ao vetor;
e) a integração das ações de controle da dengue na atenção básica (escolas);
f) instrumentos legais que facilitem o trabalho do poder público na eliminação de criadouros em imóveis comerciais, casas abandonadas, etc.;
g) o desenvolvimento eficazes de acompanhamento e supervisão das ações desenvolvidas pelo Estado e Municípios.
TODOS NO COMBATE AO VERDADEIRO VILÃO: O MOSQUITO
Com as condições socioambientais e climáticas do Brasil, estamos fadados a conviver com a ameaça da permanente exposição ao vírus da dengue. Isso não significa que teremos
de conviver com epidemias e mortes pela doença. Alguns dos exemplos citados demonstram a capacidade dos Municípios de responder adequadamente ao problema. É bom recordar que
não existe uma solução única, fácil, nem de baixo custo, para esse problema complexo. É recomendável que os bons exemplos sejam seguidos. Vamos Juntos?
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