Não compre animais silvestres do tráfico
As principais interferências humanas sobre a biosfera é grande responsável pela extinção de muitas espécies e ameaças a diversas outras. O Tráfico de Animais Silvestres continuam sendo em muitos países a destruição dos habitats naturais. Hoje em dia vale ressaltar a importância desempenhada pelos Zoos, Parques Ecológicos, APAS e Reservas Florestais não como vitrine de animais, mais sim pela sua importância na preservação, conservação das espécies e na sensibilização das pessoas, que o meio ambiente em que vivemos cada vez mais precisa de nossa ajuda.
Baseado que desde o primeiro momento que os seres humanos começaram a interagir com o mundo ao seu redor e a ensinarem seus filhos a fazerem o mesmo, estava nascendo à educação e a educação ambiental. Os povos nativos, por exemplo, desenvolveram uma percepção sofisticada dos sistemas naturais que os rodeiam e um profundo respeito de geração em geração.
Com o passar do tempo, mudaram as razões subjacentes e os modos de fazê-lo. Inicialmente a relação com o meio ambiente estava ligada tão visceralmente à questão da sobrevivência que nenhuma outra razão era mais necessária. Tratava-se de uma razão que dizia respeito, de como viver num mundo cuja natureza era extremamente mais poderosa que os homens, o conhecimento ambiental era também necessário para a proteção dos ataques da natureza e para o aproveitamento de suas riquezas.
Com a urbanização e a evolução da civilização urbana, a percepção do ambiente mudou drasticamente. A natureza começou a ocupar uma posição de subserviência em relação à humanidade, esta passou a ser conhecida para que fosse explorada. À parte considerada inútil era estudada para satisfazer a curiosidade das pessoas a respeito ao mundo, o estudo do meio ambiente tornou-se, ou uma ciência prática de extração de recursos, ou “estudo do mundo natural” – catálogo e descrições das maravilhas naturais.
Desertos foram se espalhando, a poluição do ar ameaça a saúde dos moradores das cidades, lagos secaram, os solos erodiam, muitos desses problemas transcendem as fronteiras nacionais, eram os resultados dos desarranjos de processos ambientais regionais, ou mesmo globais devido a enormes impactos causados pela sociedade humana.
Sociedade e natureza, de fato, interagem afetando-se mutuamente, porém, ambas vitalmente importantes (crescem e desaparecem juntas).
Os seres humanos não são vítimas, nem senhores da natureza, mas guardiões de algo que não deve ser explorado irracionalmente, nem permanecer totalmente intocado. Esse objetivo já é em si um motivo suficiente para qualquer nação promover a educação ambiental, devido a estas circunstancia, este texto visa trazer para os leitores uma maneira diferente de educar.
O Brasil é um dos principais alvos dos traficantes da fauna silvestre devido a sua imensa biodiversidade. Estima-se que o tráfico de animais selvagens movimente US$ 200 bilhões de dólares em todo o mundo, anualmente, colocando o comércio ilegal de animais silvestres na terceira maior atividade ilícita do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas.
Segundo a Polícia Ambiental do Distrito Federal durante o primeiro semestre de 2013 foram 899 apreensões, o que representa 13% a mais do que o mesmo período do ano de 2012. Em conformidade com os dados nacionais, 80% dos animais apreendidos eram aves. De acordo com um levantamento da RENCTAS (http://www.renctas.org.br/) o tráfico de animais silvestres é responsável pela retirada de 38 milhões de animais da natureza, anualmente.
- Para cada animal comercializado há três animais mortos;
- De 10 animais traficados, apenas um sobrevive;
- São comercializados no País, por ano, 4 milhões de animais selvagens.
- Os animais traficados no Brasil, em porcentagem:
- Répteis (3%)
- Aves (82%)
- Mamíferos (1%)
- Outros (14%)
- Regiões do Tráfico no Brasil:
Segundo o IBAMA/ICMBio, os estados onde ocorrem a maior parte da captura de animais são Maranhão, Bahia, Ceará, Piauí e Mato Grosso. Já os estados com o maior mercado consumidor estão na região Sudeste: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro
A maioria dos animais silvestres comercializados ilegalmente é proveniente das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo escoada para as regiões Sul e Sudeste, pelas rodovias federais. Nos estados nordestinos é comum a presença de pessoas, nas margens das rodovias, comercializando esses animais. Os principais pontos de destino desses animais são os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, onde são vendidos em feiras livres ou exportados por meio dos principais portos e aeroportos dessas regiões.
O destino internacional desses animais é a Europa, Ásia e América do Norte. Algumas cidades brasileiras ganharam fama como fornecedoras de fauna silvestre para o comércio ilegal, entre elas destacam-se: Milagres, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Curaçá, Cipó (todas no estado da Bahia), Belém (PA), Cuiabá (MT), Recife (PE), Almenara (MG) e Santarém (PA).